sábado, 1 de outubro de 2011

Amoreiras.

O projeto Amoreiras, realizado pelo grupo de pesquisa Poéticas Digitais, organizado pelo prof. Gilberto Prado, instalado na avenida Paulista, tem previsão de permanecer até setembro.
Nesse desenho, (1) representa o computador central, (2) o microfone que captará os sons do ambiente e (3) as amoreiras.

Amoreiras consiste em cinco pequenas amoreiras que, com a ajuda de microfones, placas de arduino bluetooth e mecanismos de transmissão, captam os ruídos da cidade (sintomas da poluição) e respondem a eles chacoalhando seus galhos para se livrarem dos resíduos, de forma que quanto mais altos forem os ruídos de buzinas e motores, mais intensos serão os movimentos das árvores.

As árvores agem inicialmente de maneira arbitrária e, no decorrer do dia, passam a dialogar entre si através de algoritmos de aprendizado. No decorrer do dia, espera-se que as árvores mais jovens aprendam com as mais experientes e todas entrem em relativa sintonia.
Cada uma das amoreiras é dotada de um algoritmo de personalidade distinto, que será trocado pelo de outra randomicamente no final do dia, de maneira que todo processo de aprendizagem recomeça desde o início na manhã seguinte. O objetivo é, pois, que as amoreiras construam ciclos e ritmos emergentes e continuem ainda buscando distintas aproximações entre si.

As amoreiras foram escolhidas para o projeto justamente por serem árvores proibidas de serem plantadas nas avenidas das cidades por poluírem o ambiente com seus frutos, que mancham tecidos e atraem passarinhos, e suas folhas, que caem nas ruas e entopem bueiros. Afinal, agora são as árvores que poluem o ambiente?



veja o vídeo abaixo relacionado.



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